O artigo explora a forma como, na modernidade, desenvolveu-se a crença numa relação de causa e efeito entre o carácter e a aparência dos indivíduos. Várias foram as personalidades que tentaram tornar positivas as investigações e a catalogação das aparências, tendo-se desenvolvido metodologias de análise e arquivos de imagens que tentavam estabelecer critérios de identificação de aparências de sujeitos ditos “desajustados”. A fotografia desempenhou papel de relevo na criação destes arquivos, permitindo tornar objectivas determinadas encenações. Como forma de tornar mensurável a normalidade, estabeleceu-se a figura do “homem-médio”, na qual média e ideal se sobrepõem. Aborda-se o papel da figura da média ou ideal na Europa moderna e, igualmente, na emergência da sociedade de consumo norte-americana.
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